terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Entediada
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
O melhor do Natal
O abraço do meu irmão
A minha amiga piu-piu
O pacote de açúcar aparecido
Um dia perfeito
Um comprimido para a Estupidez
Um de Paz também não era mau.
Um de Amor talvez seja pedir demais.
Cada um se auto-medica do que precisa.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Ash(es) - 4 - 9########
Mais o pin e número de contribuinte. O que esta noite me havia de trazer… A ligar para o apoio a cliente a perguntar como se muda o tarifário de alguém. Com uns simples dados. Há coisas do diabo. Perdida de riso lá digo à menina Margarida Martins (homónima?), que parece ter um qualquer insecto preso na garganta, que vou ligar ao meu amigo para saber o número de contribuinte, sabe, é que nós temos este tipo de relação íntima, perguntamos um ao outro os números de contribuinte e pins dos cartões dos telefones. Não há problema. Já volto a ligar, obrigada.
Que riso.
Se ele me der os dados, ligo e digo que é o telefone do meu namorado que está longe, a trabalhar. E que eu estou a acabar o liceu e os meus pais não me deixam ir viver com ele quando eu for, para o ano, para a Universidade.
Agora já não consigo conter o riso. Tenho de lhe ligar a contar isto.
(...)
Não chegámos a mudar o tarifário.
E de repente, essa sensação familiar. De volta. Como se perfeição se atingisse com o quotidiano de nós. O pin do telemóvel e o número de contribuinte. Eu trato disso. E depois não chegas a dar. E eu não chego a tratar de nada. E no fim do dia, com as crianças na cama e depois da cozinha arrumada, tu tens os pés em cima da mesa de café e lês um livro, de óculos porque agora precisas deles. E eu sento-me ao teu lado a por creme nas pernas e digo que não chegámos a tratar das coisas. E tu abraças-me, deixando cair o livro e dizes que não faz mal. Porque podemos tratar disso amanhã. E eu sei e sinto que o amanhã existe contigo. Que de manhã, estás lá. E me dás um beijo quando sais. E que apareces no meu trabalho para almoçar. E quando eu chego, estás a comer bolachas na cozinha e eu venho carregada de bolachas sem sal ou açúcar senão tu matas-te com colesterol. Mas também não resisto a essa bolacha que tens na mão. Depois chamas-me gorda e eu peço-te ajuda para fazer coisas que sei que não gostas e amuamos os dois, sorrindo.
Estás em mim. E é bom.
(18 de Agosto de 2008)
Feitios
L., para ti, cujo desafio é completar o cubo em menos de dois minutos, lembrei-me disso quando vi este postal em Post Secret.
:)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
O Vestido
Era uma vez um cisne que achava que a história do Patinho Feio era sobre si. Era uma vez a Cinderela que achava que os trapos disfarçavam a beleza. Era uma vez uma Bela que adormeceu a imagem de si própria. Era uma vez uma madrinha que lançou uma poderosa bênção.
“Olha para ti hoje e vê o que todos nós vemos todos os dias. Mostra-te àquelas pessoas que estão na sala à espera que tu apareças depois de te veres como és.”
Limite
Se a alma existe, és uma delas. Grande, intensa, colorida. Com uma vibração fantástica. Não sonhas. Talvez porque nesta realidade a tua alma não consiga chegar onde a tua cabeça consegue. Talvez porque o que sentes e vives nesse estado (a que os comuns mortais chamam de dormir) seja demasiado forte para o teu corpo, que é humanamente limitado. Mas tu não. Acredito em Anjos, pois. E tu e eu vimos do mesmo sítio. Essa certeza ninguém nos tira. O comum dos mortais não aspira sequer a esse intrínseco conhecimento que trazes contigo. Comum não é de facto o adjectivo que te caracteriza. És única, especial, genial, inspirada, linda, e muito perspicaz.
Tu e a tua perspicaz visão são inesquecíveis. O vestido… Uma das maiores lições que aprendi na vida. E lembro-me sempre disso quando, por alguma razão, não me sinto bem. Volto a essa noite e olho-me ao espelho como se fosse a primeira vez. Como nessa noite. Nem sempre é fácil esse encantamento. A vida não é nada fácil. Mas depois existes tu, entre outros, e eu redescubro quem sou.
O convite para escrever o argumento… Será libertador, sem dúvida. Outra das tuas propostas aparentemente inofensivas mas que eu sei que é altamente provocadora. Estás a desafiar-me? Terás o teu argumento. Estou honrada com o teu convite.
Se houvesse algo que te pudesse dar, escrever, dizer, pintar, realizar, criar, que mostrasse o quanto eu te tenho a agradecer por teres entrado na minha vida, seria pouco. Resta-me estar por aqui, perto de ti. Um dia terei a oportunidade de ter contigo um gesto que represente tudo isso que sentimos quando olhamos uma para a outra e há algo que mais ninguém à volta compreende. As pessoas que passam por experiências limite reconhecem-se no olhar. E não há nada que os outros digam que se aproxime ao fio da navalha, frio e agudo como já o sentimos.
Quero-te lá todos os dias. Sem limites. No limite.
Admiro-te.
Anxiety
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Ash(es) - 3 - Histórias de Encantar
Sempre soubeste.
Como?
Quem és tu? De onde vens? Que presente trazem as tuas mãos? Que profecia falam teus lábios? Para onde vais? Eu vou? Porque me levas?
Leva-me.
Leva-me.
Estou contigo. E eis-me de braços caídos em rendição. Armas expostas e viradas para mim. Frágil. Declarada. Exibida. Revelada.
Olá. Então és tu? Vieste, enfim. Sebastião? Quantos nomes tens? Do nevoeiro vieste… Não viemos todos? Quantos nomes temos? Bem-vindo. Estava à tua espera. Não estaremos todos?
Do marinheiro que numa tarde de sol regresse, à proa de um navio cheio de vontades. Do rei que sai do nevoeiro e traz promessa. Do príncipe que morre de amor se assim for preciso, envenenando a maldição. Do beijo matinal depois de cem anos a dormir lado a lado. De uma rosa dentro de uma redoma, personificando eternidade? De lobos maus que nos arrebatem à tradição e às traições da rotina. De um par para o baile, mesmo com sapatos de fragilidade.
Histórias de encantar ou transposições? Autobiografias ou grilos falantes?
Encantamento de viver.
(15 de Agosto de 2008)
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Ash(es) - 1 - Confissão rendida de perdição
Ash(es)
Têm estado esquecidos numa pasta, à espera de uma dessas noites em que as palavras se fumam e o que fica no ar são neblinas espessas através das quais se vê nada. Mas se descobre tudo.
Tinha saudades destes textos.
Atrás de todos os Montes
Foto por Ricardo Falcão
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O que eu quero
Talvez se eu parasse de ser cor de rosa…
Quero acabar a minha lista do que eu quero.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Expectations
1 – Enfermeira ou Psicóloga
2 – Contida
3 – Dócil
4 – Amestrada
5 – Serena
6 – Resignada
7 – Muda
8 – Homem
9 – Linda
10 – Outra coisa qualquer
Círculos
E depois há dias como hoje. Tropecei 3 vezes hoje. Até que percebi que caía se não percebesse porque tropeçava eu. Continuo sem saber. Mas pelo menos chamou-me a atenção para o caminho.
Não vou questionar. É assim.
Saboreia…
Depois de várias promessas e algumas frustradas tentativas, espero ter regressado de vez.
Com alguns projectos novos. Talvez renovada. Talvez igual a mim mesma, o que quer que isso seja.
Hoje deixo dois agradecimentos.
A duas pessoas que gostavam que eu fosse apenas eu. Que estão lá sempre, à distância de os sentir, mesmo que não os veja. Que entraram na minha vida com aceitação. Mas sobretudo com verdade. E que eu sei que nunca me mentem. Mesmo que seja exactamente o que eu não queria ouvir.
Alada, de uma maneira ou outra, é tudo igual.
Peter Pan, em que Terra do Nunca vivo eu?
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Demoras
Tenho andado a escrever. Sobretudo as noites, numa absurda e estranha compilação chamada Ash(es). De cinzas. De ash.
Tenho andado em descoberta. Em revelação.
Descobri.
E agora estou a vivê-lo.
Cheguei aqui, por fim. Estou pronta.
Um especial obrigada ao amigo PS, que me levou a sítios maravilhosos este fim de semana e me mostrou os maravilhosos sítios que tenho dentro de mim. If I only learn to let them show.
domingo, 11 de maio de 2008
Everlong
Hello
I've waited here for you
Everlong
Tonight
I throw myself into
And out of the red, out of her head she sang
Come down
And waste away with me
Down with me
Slow how
You wanted it to be
I'm over my head, out of her head she sang
And I wonder
When I sing along with you
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang
Breathe out
So I could breathe you in
Hold you in
And now I know you've always been
Out of your head, out of my head I sang
And I wonder
When I sing along with you
If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang
And I wonder If everything could ever feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang
sábado, 19 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
E então???
segunda-feira, 17 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
Uma noite perfeita
Deixa-me feliz
Rumando p’ró o sul
Brincando na proa
Gostavas de estar
Voa lá no alto
Por cima de ti
Um grande falcão
És o rei és feliz
E quando tu
Vês o Mississipi
Tu saltas pela ponte
E voas com a mente
Nuvens de tormentas
Estão sobre ti
Corre agora corre
E te esconderás
Entre aquelas plantas
Ou te molharás
E sonharás
Que és um pirata
tu... sobre uma fragata
tu... sempre à frente de um bom grupo
De raparigas e rapazes
Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
Junto ao rio a passear, Tom Sawyer
Mil amigos deixarás, aqui e além
Descobrir o mundo, viver aventuras
quinta-feira, 13 de março de 2008
Happy Hour
Mesmo em pequenas quantidades, insuficientes para causar uma bebedeira, a cerveja depois do trabalho deixa-nos descontraídos, alegres e bem dispostos. Apesar do efeito diurético que caracteriza esta bebida, a verdade é que se for bebida com moderação pode ter efeitos fantásticos no humor.
Em caso de persistência dos sintomas, consulte o seu médico, farmacêutico, barman, ou quem sabe outro alguém de bata branca...
quarta-feira, 12 de março de 2008
Meia bola e força!
O manual de que todas as noivas precisam? Aqui da amiga a organizar as festas, pois claro! PR on the job!!
Estou tão feliz com a notícia!!
E vou já começar com as diligências de amiga em pulgas! Vá, deixa lá o homem em casa e passamos um fim-de-semana com revistas para escolhermos os modelitos e passarmos a noite à conversa, entre bolachas, leite e recortes de farrapos brancos. E há as flores, e os convites, e os menus, e a viagem, e os presentes, as listas, enfim... Tudo aquilo a que tens direito e em grande estilo!
Nada mal para um café...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
4 luas
E uma passou.
É que eu agora conto-as.
Quando a noite chega, o Peter Pan assalta-me os sonhos e voo de novo.
De manhã ficam na almofada os restos de pó dourado e de pensamentos felizes.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Ausência
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
(Sophia de Mello Breyner Andersen)
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
E o beijo da semana vai para...
Regresso ao activo
Depois de muitos e-mails a pedir o meu regresso, a implorar novidades, depois de todos os telefonemas a perguntar o que se passa, estou de volta.
Diz a Alada que o silêncio assusta as pessoas e talvez por isso a preocupação geral em saber porque nunca mais escrevi. Acontece que o silêncio não me assusta a mim e tem sido meu amigo e uma necessidade.
Mas estou de volta. Sosseguem.
E publicarei os últimos capítulos desta nova história que está escrita há muito tempo.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Verde Seco
Sem antes nem depois. Sem "se" nem "mas". Sem questões. Porque sim!! (E foi isso que me disseste que me fez decidir, ali entre as árvores do parque, o sol e tu).
Estar.
Cheios de tudo e cheios de nada. Num tempo e espaço sem tempo e espaço. Sem fronteiras nem limites.
Estar.
Em todo o pleno Ser de cada um de nós.
Baraka.
Entender a libertação de um perfeito estado de comunhão de duas almas selvagens, que sabem não questionar. Partilhar os fantasmas.
Agradecer a Benção de Estar. E viver questões a natureza de cada Ser.
Agora sim.
Não vou sentir saudade.
Não vou sentir a tua falta.
Vou sorrir. Estou grata. E feliz.
Porque a felicidade nada mais é do que a consciência de Estar, Sendo.
Obrigada.
Pelas plácidas cores das montanhas. E pelas outras...
Pelo Sol e pela Lua Cheia... ou nem tanto :)
Pela fogueira. E o calor no frio.
Pelos passeios e caminhos. E a vibrante quietude de ti.
Pelo espicaçar da procura do "Do".
Pelas noites. E as manhãs... (quem diria? Vitória nossa, segredo teu)
Pelas teorias desfeitas em farrapos de lençol.
Pelo cantinho aninhado entre o ombro e o braço. E por esse tão Teu abraço.
Pela mão.
Pela mão cheia de lágrimas de Sentir. Cura (um ser humano é o remédio de outro...).
Pelo cheiro das castanhas assadas, que sinto sempre perto de ti.
Pelas páginas reconfortantes de branco de uma história sem fim nem início.
Pelo Eu. Pelo Tu. Pelo Estar que os dois partilhámos numa cumplice descomplicação.
Pelo "Fanta Bourama" e tudo o que isso que me fará sempre Sentir (e sorrir).
Pelas imagens e sons. Pela música. E os acordes de Estar. Contigo.
Pelos melhores presentes de sempre. Imprevisíveis, etéreos, imateriais e inesquecíveis.
Pelas asas nas tuas mãos. (Não se vai chamar Agridoce, decidi há umas semanas.)
O teu magnífico sorriso de contemplação de coisas simples é Baraka. E eu descobri em mim a mesquita de cristal sagrada que ninguém visita.
E a tal foto? Também eu tenho agora uma imagem que não consigo reproduzir. Mas eu espero. E não me esqueço.
Vou ter-te Sempre em Terras do Nunca comigo. Em lugares de tudo e nada sem príncipio nem fim. Mas só porque gosto mais de ti do que do Johny Depp que só me deu negas esta semana. :)
Sem antes.
Sem depois.
Sem dúvidas.
Sem dúvida.
Até sempre, num qualquer tempo que voltará a ser sem tempo.