sábado, 26 de janeiro de 2008

Verde Seco

"Como se tivesse sido sempre assim e como se fosse para sempre assim."

Sem antes nem depois. Sem "se" nem "mas". Sem questões. Porque sim!! (E foi isso que me disseste que me fez decidir, ali entre as árvores do parque, o sol e tu).

Estar.

Cheios de tudo e cheios de nada. Num tempo e espaço sem tempo e espaço. Sem fronteiras nem limites.

Estar.

Em todo o pleno Ser de cada um de nós.

Baraka.

Entender a libertação de um perfeito estado de comunhão de duas almas selvagens, que sabem não questionar. Partilhar os fantasmas.
Agradecer a Benção de Estar. E viver questões a natureza de cada Ser.

Agora sim.
Não vou sentir saudade.
Não vou sentir a tua falta.

Vou sorrir. Estou grata. E feliz.
Porque a felicidade nada mais é do que a consciência de Estar, Sendo.

Obrigada.

Pelas plácidas cores das montanhas. E pelas outras...
Pelo Sol e pela Lua Cheia... ou nem tanto :)
Pela fogueira. E o calor no frio.
Pelos passeios e caminhos. E a vibrante quietude de ti.
Pelo espicaçar da procura do "Do".
Pelas noites. E as manhãs... (quem diria? Vitória nossa, segredo teu)
Pelas teorias desfeitas em farrapos de lençol.
Pelo cantinho aninhado entre o ombro e o braço. E por esse tão Teu abraço.
Pela mão.
Pela mão cheia de lágrimas de Sentir. Cura (um ser humano é o remédio de outro...).
Pelo cheiro das castanhas assadas, que sinto sempre perto de ti.
Pelas páginas reconfortantes de branco de uma história sem fim nem início.
Pelo Eu. Pelo Tu. Pelo Estar que os dois partilhámos numa cumplice descomplicação.
Pelo "Fanta Bourama" e tudo o que isso que me fará sempre Sentir (e sorrir).
Pelas imagens e sons. Pela música. E os acordes de Estar. Contigo.
Pelos melhores presentes de sempre. Imprevisíveis, etéreos, imateriais e inesquecíveis.
Pelas asas nas tuas mãos. (Não se vai chamar Agridoce, decidi há umas semanas.)

O teu magnífico sorriso de contemplação de coisas simples é Baraka. E eu descobri em mim a mesquita de cristal sagrada que ninguém visita.

E a tal foto? Também eu tenho agora uma imagem que não consigo reproduzir. Mas eu espero. E não me esqueço.
Vou ter-te Sempre em Terras do Nunca comigo. Em lugares de tudo e nada sem príncipio nem fim. Mas só porque gosto mais de ti do que do Johny Depp que só me deu negas esta semana. :)

Sem antes.
Sem depois.
Sem dúvidas.
Sem dúvida.

Até sempre, num qualquer tempo que voltará a ser sem tempo.